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Artigos e Informativos Jurídicos

Direito não é só de Humanas: o papel dos números

sexta, 20 de setembro de 2019

É muito comum ouvir de recém egressos no curso de Direito que não gostavam das matérias de exatas durante o ensino médio. De fato, a formação em Direito não possui, em geral, nenhuma disciplina que exija um conhecimento avançado em matemática ou estatística. Quando muito, é possível ter aulas de cálculos trabalhistas e dosimetria da Pena, que exigem um conhecimento matemático muito simples.

Entretanto, na vida prática de um bom escritório de advocacia, o conhecimento das ditas ciências exatas não é nada descartável. Pelo contrário, existem situações que a compreensão de modelos matemáticos, lógica de computação, bancos de dados ou testes estatísticos pode ser um diferencial importante.

Uma das áreas que tem ganho destaque no mundo jurídico é a da Jurimetria, que trata do uso da estatística aplicada ao Direito. Como a atuação jurídica tem ocorrido cada vez mais em meios eletrônicos, a atuação dos operadores do Direito tende a ser facilmente quantificada, convertida em bancos de dados. Atualmente, boa parte de tudo que é feito em um processo já está incluído em algum tipo de planilha, contendo diversas informações importantes que podem ser analisadas por computadores que realizam análises e tratamento estatístico, de forma a permitir tomadas de decisão mais assertivas, isto é, que reduzem as possibilidades de falhas humanas consideravelmente.

Contudo, esse modo de vida mediado pelos computadores também tem um lado negativo. A existência de bancos de dados contendo informações pessoais de forma generalizada fez com que se aumentasse a preocupação das pessoas em torno da segurança em torno desses dados. Assim, a regulamentação do registro e uso desses dados tem sido uma tendência mundial. No Brasil a Lei Geral de Proteção de Dados é uma iniciativa importante.

Conhecimentos em big data, inteligência artificial, machine learning e outras áreas da computação são úteis no Direito, como em muitas outras áreas. Entretanto, o conhecimento de exatas no Direito não é algo apenas atual, fruto da expansão tecnológica. Desde a muito tempo, engenheiros peritos, médicos legistas, e outros tantos profissionais utilizam do conhecimento matemático e estatístico para proferir laudos em processos judiciais. A leitura e interpretação desses laudos não se limitam às respostas ao quesitos formulados. O bom profissional do Direito deve saber ao menos entender quais métodos foram utilizados para chegar aos resultados da perícia.

A matemática e a estatística não podem ser vistas como linguagens incompreensíveis ou algo que pode ser desprezado pelo Operador do Direito, assim como as normas previstas no ordenamento jurídico não valem apenas para aqueles que a entendem. Uma compreensão interdisciplinar e abrangente cada dia mais tem se mostrado um diferencial profissional, e uma equipe capaz de transitar em diversos saberes tende a ter mais sucesso, justamente por conseguir se comunicar melhor, alcançando resultados ótimos em seus interesses.

É muito comum ouvir de recém egressos no curso de Direito que não gostavam das matérias de exatas durante o ensino médio. De fato, a formação em Direito não possui, em geral, nenhuma disciplina que exija um conhecimento avançado em matemática ou estatística. Quando muito, é possível ter aulas de cálculos trabalhistas e dosimetria da Pena, que exigem um conhecimento matemático muito simples.

Entretanto, na vida prática de um bom escritório de advocacia, o conhecimento das ditas ciências exatas não é nada descartável. Pelo contrário, existem situações que a compreensão de modelos matemáticos, lógica de computação, bancos de dados ou testes estatísticos pode ser um diferencial importante.

Uma das áreas que tem ganho destaque no mundo jurídico é a da Jurimetria, que trata do uso da estatística aplicada ao Direito. Como a atuação jurídica tem ocorrido cada vez mais em meios eletrônicos, a atuação dos operadores do Direito tende a ser facilmente quantificada, convertida em bancos de dados. Atualmente, boa parte de tudo que é feito em um processo já está incluído em algum tipo de planilha, contendo diversas informações importantes que podem ser analisadas por computadores que realizam análises e tratamento estatístico, de forma a permitir tomadas de decisão mais assertivas, isto é, que reduzem as possibilidades de falhas humanas consideravelmente.

Contudo, esse modo de vida mediado pelos computadores também tem um lado negativo. A existência de bancos de dados contendo informações pessoais de forma generalizada fez com que se aumentasse a preocupação das pessoas em torno da segurança em torno desses dados. Assim, a regulamentação do registro e uso desses dados tem sido uma tendência mundial. No Brasil a Lei Geral de Proteção de Dados é uma iniciativa importante.

Conhecimentos em big data, inteligência artificial, machine learning e outras áreas da computação são úteis no Direito, como em muitas outras áreas. Entretanto, o conhecimento de exatas no Direito não é algo apenas atual, fruto da expansão tecnológica. Desde a muito tempo, engenheiros peritos, médicos legistas, e outros tantos profissionais utilizam do conhecimento matemático e estatístico para proferir laudos em processos judiciais. A leitura e interpretação desses laudos não se limitam às respostas ao quesitos formulados. O bom profissional do Direito deve saber ao menos entender quais métodos foram utilizados para chegar aos resultados da perícia.

A matemática e a estatística não podem ser vistas como linguagens incompreensíveis ou algo que pode ser desprezado pelo Operador do Direito, assim como as normas previstas no ordenamento jurídico não valem apenas para aqueles que a entendem. Uma compreensão interdisciplinar e abrangente cada dia mais tem se mostrado um diferencial profissional, e uma equipe capaz de transitar em diversos saberes tende a ter mais sucesso, justamente por conseguir se comunicar melhor, alcançando resultados ótimos em seus interesses.

 


Questão de Ordem - Idosicídio

sexta, 06 de setembro de 2019


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